quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Weidman: 'Não tive que me preparar especificamente para enfrentar Maia'



Ser avisado onze dias antes de um UFC que estaria no card principal de uma edição do evento transmitida em rede nacional de TV para todos os Estados Unidos não foi o suficiente para assustar o jovem Chris Weidman, invicto em suas sete lutas como profissional. Disposto a encarar o maior desafio de sua carreira, o peso-médio, que ainda não conhece a derrota, garante estar pronto para enfrentar o brasileiro Demian Maia no primeiro dos três duelos principais do "UFC: Evans x Davis", que acontece no próximo sábado, no United Center, em Chicago.
Chris Weidman durante treino para o UFC deste sábado (Foto: Marcelo Russio / Globoesporte.com)

- Claro que não é a situação ideal, ser chamado há cerca de 11 dias do evento. Mas não tive que me preparar especificamente para enfrentar Demian Maia. Eu venho me preparando a vida toda, e sei que estou pronto para esta luta, ou para qualquer outra.

A batalha contra o peso, segundo Weidman, o preocupou muito nos primeiro dias. Segundo ele, no momento em que recebeu a ligação do UFC convidando-o para o evento, ele estava prestes a devorar panquecas feitas por sua esposa.

- Eu desliguei o telefone e disse a ela que cancelasse as panquecas. Meu jantar foi uma colher de pasta de amendoim, e pronto. No dia seguinte estava na academia suando como um porco para perder peso. Eu estava com cerca de 96kg, e tinha que perder 12kg para atingir o limite da categoria. Agora, meu peso está onde deveria estar, e estou me alimentando de forma saudável, controlando tudo para estar dentro do limite na sexta-feira.
Em sua última luta, Weidman vderrotou Tom Lawlor
no UFC 139 (Foto: Agência Getty Images)

Para Weidman, o sentimento de lutar em TV aberta para os Estados Unidos foi o mais forte que teve até o momento como lutador profissional.

- Eu sou de Nova York e vi a chamada para o UFC durante as semifinais da NFL entre NY Giants e San Francisco 49ers. Ver sua foto e seu nome ali, em TV aberta, fez meu coração quase explodir. É um sentimento difícil de explicar, porque você luta a vida toda para estar ali, naquele momento. E lá estava a minha foto em um jogo importante dos Giants. Minha família e meus amigos estavam vendo o jogo, porque somos todos de Nova York e torcemos para os Giants. Todos começaram a me ligar, foi muito bom.

Analisando suas possibilidades, Weidman garante que se sente confortável em enfrentar o brasileiro. Mas deixa escapar que teria preferência por um final específico.

- Se eu conseguisse um nocaute, em rede nacional de TV, seria algo difícil de definir. Mas uma finalização também não seria nada mal para comemorar. Mas acho que um nocaute daqueles que fica sendo repetido durante muito tempo seria um final perfeito. Mas Demian Maia é um excelente lutador, e sei que isso não será exatamente uma coisa fácil de se conseguir. Tudo que sei é que estou muito confiante. E isso, diante das circunstâncias, é ótimo.

Projetando sua carreira para o futuro, Weidman sonha em poder lutar no Madison Square Garden, a mítica arena de sua cidade natal. Mas isso esbarra em um problema: a proibição do estado de Nova York de receber lutas de MMA.

- Lutar no Madison Square Garden é um sonho, um objetivo de vida, tendo todos meus parentes e amigos lá me vendo. Mas para isso acontecer, o estado de Nova York precisa acabar com a proibição de eventos de MMA por lá. Eu sinceramente acredito que isso acontecerá, porque não há muito sentido nessa proibição permanecer por muito tempo em vigor. Caso o MMA seja autorizado no meu estado, eu ficaria extremamente honrado em subir no octógono na maior arena de esportes do mundo. Não sei nem como seria a minha reação ou minha emoção de estar lá - finalizou o lutador.

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